Cerca de 50 % das queixas do setor de radiologia estão relacionadas a exames de pacientes oriundos do pronto-socorro. Os erros de diagnóstico estão entre os principais fatores que alimentam estas reclamações. Tal fato tem consequências indesejadas para o paciente, serviço de imagem e para o próprio radiologista. Mas por que exatamente a maioria das reclamações envolvem pacientes dos setores de emergência?

Um estudo publicado no jornal do Colégio Americano de Radiologia (JACR) traz algumas questões a serem consideradas, como, por exemplo, o ritmo e as horas de cobertura exigidas da radiologia em um pronto-socorro.

Outro fator a ser considerado é que os radiologistas que atuam no pronto-socorro podem não ter necessariamente a quantidade exata de treinamento subespecializado para identificar “o detalhe” em determinado tipo de exame. Tal fato é até compreensível, visto a gama de alterações que podem aparecer relacionadas a diferentes subespecialidades dentro da radiologia em pacientes de pronto-socorro. Por exemplo, um paciente vítima de politrauma pode apresentar lesões no sistema musculoesquelético que se estendem às vísceras (fígado e baço, por exemplo), de forma que os achados que podem ser claros para um subespecialista musculoesquelético podem ser obscuros para um subespecialista corporal ou vice-versa. Um neurorradiologista pode não estar familiarizado com um processo inflamatório abdominal em atividade, assim como um subespecialista em radiologia abdominal pode ter dificuldade em avaliar uma meningoencefalite.

Em paralelo, o paciente do pronto-socorro é aquele que precisa de cuidado multidisciplinar imediato e preciso. Sendo assim, cabe uma reflexão sobre as medidas que podem ser adotadas no setor de emergência, dentro e fora da radiologia, para torna-lo o mais robusto possível.

Escrito por Dr. Flávio Pereira das Posses, da equipe STAR Telerradiologia.

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