6 perguntas para não errar na escolha da empresa de telerradiologia

|11 nov, 2025|Categorias: Telerradiologia|6,7 min de leitura|
medica radiologista analisando imagens para telerradiologia

Contratar uma empresa de telerradiologia é uma decisão que vai muito além da escolha de um fornecedor, é uma aliança estratégica com impacto direto na segurança do paciente, na fluidez da operação hospitalar e na reputação clínica da instituição. E justamente por isso, não dá para fechar negócio só com base em preço, prazos genéricos ou promessas comerciais. É necessário fazer as perguntas certas, nas áreas certas e, principalmente, ouvir as respostas com atenção técnica.

O problema é que muitos contratos de telerradiologia são fechados com base em apresentações superficiais, sem uma análise profunda da estrutura médica, dos protocolos operacionais e da rastreabilidade do serviço. Depois, quando surgem os primeiros erros, atrasos ou dificuldades de comunicação, o prejuízo já está em andamento para o hospital, para o médico solicitante e para o paciente.

Por isso, perguntar bem é tão importante quanto negociar bem. Um bom checklist de perguntas técnicas revela muito mais sobre a empresa do que qualquer folder institucional. Revela o grau de maturidade do serviço, o compromisso real com a qualidade e a capacidade de operar de forma segura mesmo em cenários de alta complexidade.

Se você está nesse processo de avaliação, ou mesmo se já contratou uma empresa e quer revisar a parceria, esse guia traz os pontos críticos que precisam ser perguntados antes de qualquer assinatura.

 

1. Quem são os médicos que vão laudar os exames?

Essa deveria ser a primeira pergunta e não é exagero, porque é comum serviços de telerradiologia apresentarem uma vitrine de nomes renomados, mas colocarem no dia a dia médicos sem subespecialização ou com pouca experiência na área correspondente ao exame. Isso impacta diretamente a acurácia diagnóstica, a clareza do laudo e a confiança da equipe assistencial.

Por isso, pergunte: todos os exames são laudados por subespecialistas? Há distinção entre quem lauda exames de crânio, abdome, músculo-esquelético ou mama? Os profissionais atuam dentro da sua área de domínio ou de forma generalista?

Também vale entender o processo de recrutamento da empresa: exige título de especialista? Formação em residência reconhecida? Faz prova técnica? Há acompanhamento da curva de desempenho de cada médico?

Não aceite respostas genéricas como “nossa equipe é altamente qualificada”. Trabalhe com dados, pergunte por números: quantos subespecialistas por área? Qual o tempo médio de experiência? Quantos médicos estão ativos por turno?

 

2. Qual o processo de controle de qualidade dos laudos?

A segunda pergunta é sobre algo que separa serviços sérios dos improvisados: a existência (ou não) de um protocolo estruturado de qualidade. Em telerradiologia, isso inclui: revisão por pares, amostragem sistemática de laudos, classificação de não conformidades, análise de erros diagnósticos e feedback técnico para os médicos.

É essencial saber: os laudos são revisados por um segundo radiologista? Qual a periodicidade da revisão? Que tipo de erro é monitorado? Existe taxa de retrabalho? A empresa acompanha indicadores de assertividade diagnóstica?

Um bom serviço de telerradiologia consegue mostrar, com dados, sua taxa de acerto, sua curva de melhoria e sua política de correção quando há falha. Isso dá segurança jurídica, técnica e institucional. Se o parceiro diz que “não há necessidade de revisar porque os médicos são bons”, acenda um sinal de alerta.

Serviços maduros trabalham com o princípio de que até os melhores erram e é justamente por isso que revisam, medem e ajustam continuamente.

 

3. Qual o tempo real de entrega dos laudos?

Toda empresa de telerradiologia vai prometer rapidez. Mas a pergunta correta não é “em quanto tempo vocês entregam?”, e sim: qual é o tempo médio real de entrega, medido nos últimos 30 dias? E mais: qual a taxa de cumprimento do SLA?

Isso muda completamente a conversa. Porque serviços bem estruturados monitoram esse dado diariamente. Sabem exatamente quanto tempo levam para laudar uma tomografia de crânio em urgência ou uma ressonância de joelho eletiva. E sabem, também, quantos laudos saíram fora do prazo e por quê.

Pergunte também se há diferenciação entre exames de emergência, internação e ambulatório. O serviço tem fluxos distintos? Existe plantão ativo 24/7 para casos urgentes? Como é feita a priorização dos exames na fila?

Agilidade em telerradiologia precisa ser rastreável. Sem sistema, sem dados e sem transparência, a promessa de “prazo curto” vira um risco.

 

4. Como funciona a integração com meu sistema de imagem?

Aqui entra um aspecto técnico que impacta diretamente a operação diária: o grau de integração entre o sistema da telerradiologia e o seu PACS/RIS local. Essa integração precisa ser bidirecional, o que significa que os exames são enviados automaticamente para a empresa, e os laudos retornam direto para o sistema do hospital, sem etapas manuais.

Pergunte: o serviço consegue se integrar com o seu PACS atual? Usa padrões DICOM e HL7? Há interoperabilidade com o prontuário eletrônico? Os laudos voltam estruturados, com link direto para imagem, ou em PDF avulso?

Também vale entender o tempo que essa integração leva para ser implantada, se há custo adicional e se o serviço oferece suporte técnico dedicado para isso. Muitos problemas operacionais surgem não por falha médica, mas por ruídos entre sistemas que não “conversam”.

Laudos entregues fora do sistema, por e-mail ou plataformas paralelas, criam riscos de extravio, falha de arquivamento e dificuldade no rastreio posterior. E isso pode custar caro quando um caso volta à discussão clínica ou entra em litígio.

 

5. Existe canal direto com os radiologistas?

Uma das maiores frustrações dos solicitantes em modelos remotos é a dificuldade de contato com quem laudou o exame. O clínico tem dúvidas, quer discutir um achado ou precisa de complementação, e… nada. O serviço se esconde atrás de um e-mail genérico ou de um suporte que não resolve.

Por isso, antes de contratar, pergunte: existe canal direto com os radiologistas? Posso falar com o médico que laudou meu paciente? Como é feito esse contato: por telefone, chat, mensagem no sistema?

Também é importante saber se existe uma equipe de retaguarda para achados críticos. Se uma hemorragia ou uma lesão suspeita aparece no exame, o radiologista entra em contato com a equipe clínica? Há notificação ativa?

Telerradiologia não pode ser unilateral. Precisa ser diálogo. E, nesse ponto, a disponibilidade e a cultura de relacionamento da empresa fazem toda a diferença na confiança assistencial.

 

6. Quem responde em caso de erro ou não conformidade?

Por fim, é preciso tratar do que ninguém gosta de falar: o erro. Porque ele acontece. E, quando acontece, a pergunta é: quem assume? Qual é o processo de retrabalho? Existe política de notificação? O erro vira aprendizado ou é simplesmente corrigido em silêncio?

Empresas de telerradiologia que operam com responsabilidade têm políticas de compliance médico, com critérios objetivos para apuração de falhas, canais para notificação ética e protocolos de resposta ao cliente. Isso não é burocracia, é maturidade institucional.

Também vale perguntar se há seguro de responsabilidade civil, como é feita a documentação dos laudos corrigidos e qual o canal para acompanhamento do caso pelo cliente. A resposta a um erro diz mais sobre a empresa do que qualquer material publicitário.

Transparência, nesse cenário, é critério técnico. E deve ser exigida desde a primeira conversa.

 

Na STAR Telerradiologia, transparência é regra. Equipe formada em instituições de excelência, revisão por pares e contato direto com a diretoria são diferenciais reais. Perceba você mesmo: realize uma avaliação gratuita agora.