O padrão TISS (Troca de Informação da Saúde Suplementar) foi criado com o objetivo de garantir padronização e uniformidade na troca de informações entre as operadoras de saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), reduzindo riscos de inconformidades.

O uso deste padrão é obrigatório segundo a ANS. Por isso, caso o seu consultório ou clínica médica preste atendimentos através de planos de saúde, é crucial dominar o tema.

Continue conosco para entender mais sobre o assunto!

 

O que é o Padrão TISS?

Criado em 2003 numa parceria entre ANS e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o padrão TISS foi implementado em 2005, com o objetivo de definir um modelo uniforme para a troca de dados referentes à atenção à saúde de beneficiários de planos de saúde privados, permitindo uma comunicação eficiente entre os estabelecimentos de saúde (clínicas, consultórios, laboratórios, hospitais), os planos de saúde, a ANS e Ministério da Saúde.

Antes dessa regulamentação, cada operadora tinha o seu próprio modelo e formatação, o que dificultava os processos de pagamento, auditoria e fiscalização dos serviços devido à grande assimetria de informações.

Com a resolução RN 305 de 08 de outubro de 2012, o padrão TISS tornou-se obrigatório.

Assim, todas as unidades do setor de saúde devem organizar e reportar os serviços prestados incluindo, além das informações dos beneficiários, operadoras de planos de saúde e prestadores de serviço envolvidos, informações como os exames e procedimentos realizados, os equipamentos, materiais e medicamentos utilizados, as acomodações usufruídas pelo paciente, as taxas e honorários envolvidos.

Esse relatório se dá através do preenchimento de guias pré-estabelecidas, que estão estruturadas de acordo com cinco componentes.

 

Os cinco componentes da guia TISS

  • Organizacional: estabelece as definições e o conjunto de regras operacionais. Também contempla a versão e data de atualização da TISS, com o motivo da atualização e histórico de versões.;
  • Estrutura e conteúdo: estabelece a arquitetura dos dados utilizados nas mensagens eletrônicas e no plano de contingência, tanto na distribuição quanto na aquisição destes dados;
  • Representação de conceitos: determina os termos para identificar os eventos e itens assistenciais da saúde suplementar, consolidados na Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS);
  • Segurança e Privacidade: normatiza a proteção dos dados do paciente, garantindo o direito ao sigilo, confidencialidade e privacidade;
  • Comunicação: regulamenta os métodos e meios de comunicação para envio das mensagens eletrônicas definidas em Estrutura e Conteúdo.

Também é importante ressaltar que não há somente um modelo de guia TISS. Sendo os principais:

  • Tratamento odontológico (GTO);
  • Guia de consulta;
  • Solicitação de serviços profissionais/serviço de apoio diagnóstico e terapêutico (SP/SADT);
  • Honorário individual;
  • Solicitação de internação;
  • Resumo de internação;
  • Guia de outras despesas;
  • Recurso de glosa.

 

Mas, qual é a diferença entre TISS e TUSS?

Apesar das siglas similares, são bastante distintos, tendo usos complementares.

O TISS é todo o padrão da troca de informações dentro da saúde suplementar, enquanto o TUSS representa as tabelas de terminologias, nomenclaturas e códigos dos diversos procedimentos médicos que podem ser realizados.

O TUSS é uma pequena parte do TISS, integrando, como descrito acima, o componente Representação de Conceitos do padrão TISS.

O TUSS é dividido em quatro categorias de nomenclatura e código:

  • Procedimentos Médicos;
  • Materiais e medicamentos;
  • Órteses, próteses e materiais especiais;
  • Diárias e Taxas;

 

Por que adotar o padrão TISS?

mulher seguindo o padrão tiss para realizar o atendimento

Independente de ser uma exigência legal, o padrão TISS deve ser encarado como uma ferramenta para otimização dos processos nas instituições de saúde, produzindo vantagens não somente às organizações governamentais, mas também às próprias instituições privadas.

 

Trabalho com dados padronizados

Padronização na coleta, tratamento e compartilhamento de dados é uma das principais vantagens para as unidades, tanto para avaliação das operadoras como para envio à ANS.

Com as disposições relacionadas à saúde da LGPD, esse é um modo eficiente de assegurar que clínicas, hospitais e laboratórios atendam aos requisitos e não incorram em multas ou outras penalidades pelo descumprimento desta lei.

 

Redução de falhas e fraudes

O TISS garante o registro e a documentação dos procedimentos utilizados nas instituições, possibilitando seu acompanhamento, assim proporcionando ao setor maior confiança e segurança.

Menores chances de fraudes ou gargalos operacionais, melhoria do fluxo de trabalho e da conferência de dados, uma vez que o preenchimento das informações se dá em ambiente virtual.

 

Agilidade e eficiência

O processamento dos dados e da guia TISS ocorre de forma simples e descentralizada. A leitura dos operadores torna-se mais fácil à medida que os componentes são diferenciados de forma mais clara.

Com isso, a comunicação e as aprovações chegam em minutos, garantindo mais agilidade ao processo.

Na prática, se traduz em menos tempo de espera pela aprovação da internação ou exame, pelo convênio médico.

 

Economia de materiais

As organizações que usam o TISS podem economizar com materiais, começando pelas guias em papel que agora são substituídas por arquivos digitais.

Os documentos também dispensam armazenamento físico, permitindo melhor aproveitamento do espaço para outras atividades.

A possibilidade de perdas e deterioração de documentos também é eliminada.

 

Descrevemos aqui a definição e os princípios gerais da Troca de Informação da Saúde Suplementar (TISS), ressaltando sua importância – seja pela obrigatoriedade de seu uso, seja pelas vantagens adquiridas ao utilizá-la. Para consultar a última versão do TISS na íntegra, bem como outros materiais relacionados, basta clicar aqui.

 

Perguntas frequentes

O que é o Padrão TISS?

O padrão TISS (Troca de Informação da Saúde Suplementar) foi criado com o objetivo de garantir padronização e uniformidade na troca de informações entre as operadoras de saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), reduzindo riscos de inconformidades.

Quais são os compomentes da guia TISS?

São eles: organizacional; estrutura e conteúdo; representação de conceitos; segurança e privacidade; comunicação.