Inteligência artificial na medicina
Sabemos que o uso da inteligência artificial na medicina já é algo real nos dias de hoje.
Já abordamos, por exemplo, suas aplicações no contexto da Radiologia e Diagnóstico por Imagem por aqui.
Mas e no restante da área? Como a IA pode nos ajudar?
O que é inteligência artificial (IA)?
O conceito de inteligência artificial se refere à capacidade das máquinas de “pensar” como seres humanos.
Ou seja, o poder de aprender, perceber, deliberar e decidir de forma racional e assertiva.
Para isso, lança mão de conceitos como Machine Learning (aprendizagem de máquina), Deep Learning (aprendizagem profunda) e Processamento de Linguagem Natural.
Para entender um pouco mais sobre o tema, confira esse nosso artigo.
A inteligência artificial na medicina
“Inteligência Artificial em medicina é o uso de computadores que, analisando um grande volume de dados e seguindo algoritmos definidos por especialistas na matéria, são capazes de propor soluções para problemas médicos.” – assim define Luis Carlos Lobo em seu artigo “Inteligência Artificial e Medicina”.
É claro que ainda não existem robôs capazes de substituir o trabalho de um médico de forma total – e provavelmente não existirá.
Assim como na Radiologia, a IA nas demais áreas médicas toma espaço à medida que se prova excelente ferramenta auxiliar para otimização de todo processo de atendimento ao paciente.
Com sua capacidade gigantesca de armazenamento, processamento e interpretação de dados, as novas tecnologias podem auxiliar no acesso do paciente ao cuidado, no diagnóstico, no tratamento e na prevenção de erros médicos.
Os benefícios do uso da inteligência artificial na medicina
O emprego das novas tecnologias têm facilitado o acesso do paciente às consultas, por exemplo.
Vimos durante a pandemia do Covid-19 a autorização e regulamentação da telemedicina no Brasil.
Com isso, foi possível atender à grande demanda com muito mais segurança, conforto e agilidade.
Mais do que isso, a telemedicina pode permitir o atendimento de regiões mais remotas do país apenas com um computador e conexão à internet, minimizando o investimento e logística necessários em relação ao modo tradicional.
Dessa forma, quem sabe, a tecnologia pode auxiliar na universalização do atendimento, suprindo as populações mais carentes.
Adicionalmente, os laudos à distância diminuem o tempo de espera e qualificam o diagnóstico.
São inúmeros e cada vez diversos os dispositivos de coleta de dados que podemos utilizar para obter informações sobre a saúde de um paciente.
Hoje, até um relógio de pulso pode fornecer um eletrocardiograma.
A partir disso, é possível coletar informações quase em tempo real, que podem ser anexadas diretamente a um prontuário único e digital do paciente.
Com tanta informação armazenada num mesmo lugar, é possível integrar os dados, obter novos insights, bem como alimentar a base de dados de calculadoras médicas.
Existem diversas calculadoras de risco já utilizadas na prática clínica (como por exemplo as que estimam a probabilidade de câncer de mama em um período de anos) que podem ser aperfeiçoadas a partir desses dados.
Outra possibilidade, são calculadoras diagnósticas que, a partir de dados epidemiológicos, sinais e simtomas, podem auxiliar o médico na elabora de hipóteses diagnósticas.
Ainda, com a ajuda da inteligência artificial na medicina, podemos vislumbrar a criação de tratamentos personalizados para cada paciente, bem como maximizar a segurança dessas terapias uma vez que essas tecnologias podem apontar erros de dosagem das medicações, possíveis interações medicamentosas ou até aumentar a suspeita clínica para efeitos adversos.
Um futuro muito atual
É inegável que a inteligência artificial na medicina irá tomar cada vez mais protagonismo, assim como fez em tantas outras áreas do conhecimento.
Se a utilizamos tanto em nosso dia-a-dia – nos smartphones, smartwatches, smart-TVs – por que não utilizá-la para cuidar do nosso bem mais precioso, nossa saúde?
De muitas maneiras, as novas tecnologias já são empregadas na medicina.
Porém, as possibilidades ainda são abundantes e os potenciais benefícios, enormes. Nem todas elas podem se concretizar e se provar, de fato, úteis, mas podemos olhar com entusiasmo para o futuro.