A ateromatose ocorre quando um acúmulo de gordura e cálcio se formam na parede dos vasos sanguíneos, o que pode interferir no fluxo de sangue e no suprimento de oxigênio do corpo.

Essa alteração pode ocorrer em diversos sítios pelo corpo.

Ela é comumente observada na aorta, coronárias, cérebro, artérias periféricas entre outros locais.

Continue lendo este conteúdo para entender melhor sobre o assunto!

 

1. O que é ateromatose?

Ateromatose é uma condição na qual os ateromas, placas de gordura calcificadas ou não, causam a degeneração das artérias.

Isto é, à medida que os depósitos da gordura aumentam, reduz também a quantidade de espaço disponível para o sangue oxigenado circular, comprometendo o fornecimento de nutrientes aos tecidos.

O surgimento dessas placas nos vasos é multifatorial.

Há algumas condições que são especialmente prejudiciais às nossas artérias, dentre elas estão a hipertensão, dislipidemia, tabagismo, diabetes e algumas doenças genéticas.

 

2. Quais os sintomas da ateromatose?

acúmulo de gordura e cálcio nas paredes das artérias

As placas de ateroma por si só não causam sintomas apenas pela sua presença no organismo, porém com o aumento da sua extensão elas prejudicam a passagem do sangue para as diversas regiões do organismo.

Cada paciente pode desenvolver um conjunto de sintomas diferentes a depender de onde há mais placas nos seus vasos.

Nos pacientes sintomáticos, habitualmente há um sítio de maior acometimento que gera a maior sintomatologia e os sintomas iniciais.

Porém por apresentarem placas mais exuberantes e sintomáticas em um local do corpo, sabemos que ele também apresenta doença nos demais vasos e que provavelmente seus sintomas em outras regiões surgirão com o passar do tempo.

Os sintomas apresentados podem ser desde dor nas pernas por calcificações nas artérias periféricas até dor no peito e infarto por aterosclerose das coronárias.

Por isso é sempre importante consultar um médico, pois ele saberá avaliar cada tipo de dor.

 

3. Quem pode ter?

Em estudos de autópsia foi identificado que todos os pacientes a partir dos 15 anos de idade, mesmo que sem doenças cardíacas, apresentavam algumas placas de gordura na aorta.

O aparecimento dessas placas se inicia ainda na juventude, mas como dito anteriormente, há alguns fatores que agravam o acometimento dos vasos.

Por exemplo:

  • Dislipidemia: o descontrole dos níveis de gordura no sangue são um importante fator de piora das lesões nos vasos. Os estudos mostram que dietas ricas em gordura, desbalanço nos níveis de colesterol e especialmente o aumento do colesterol LDL são críticos nesse processo.
  • Hipertensão: a pressão alta é um dos grandes fatores de risco, principalmente para os vasos do cérebro e as coronárias.
  • Tabagismo: afeta em todas as fases da formação das placas e aumenta o risco de eventos agudos como infartos ou AVCs.

 

4. Como é o tratamento da ateromatose?

homem idoso correndo para evitar ateromatose

O tratamento da ateromatose baseia-se na redução ou controle de fatores de risco, atividade física e antiagregante plaquetário.

O controle dos fatores de risco, envolve:

  • Cessar o tabagismo;
  • Perder peso ou manter um peso saudável;
  • Manter sob controle a hipertensão, colesterol, triglicerídeos e diabetes;
  • Adotar uma dieta equilibrada e saudável, considerando princípios da boa gastronomia;

Portanto, mantenha-se sempre saudável e com acompanhamento médico em dia.

 

Referências para leitura

Atik, Fernando A., Isaac Azevedo Silva, and Claudio Ribeiro da Cunha. “Fatores de risco de ateromatose da aorta em cirurgia cardiovascular.” Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery 29 (2014): 487-493.

Simi, Marcos Antonio, Ezequiel Waisbich, and Henrique Tastaldi. “Efeito da inatividade física sobre parâmetros bioquímicos e grau de ateromatose aórtica em coelhos.” Folha méd (1990): 137-43.

Morentin, Benito, Ma Paz Suárez-Mier, and Beatriz Aguilera. “Muerte súbita por enfermedad ateromatosa coronaria en jóvenes.” Revista Española de Cardiología 54.10 (2001): 1167-1174.

Ristow, A. V. “O diagnostico nao-invasivo da ateromatose das carotidas.” Radiol. bras (1983): 183-90.