Radiação em exames médicos

O uso de radiação em exames médicos para prevenir, diagnosticar e tratar doenças está cada vez mais difundido. No entanto, a radiação pode preocupar algumas pessoas.
Radiação é qualquer energia ou partícula que se propaga com uma determinada velocidade, carregando energia, carga elétrica e magnética.
Ela interage com os seres vivos e seus efeitos (positivos ou negativos) dependem do tipo de radiação, da dose e tempo de exposição.
Continue lendo este conteúdo para saber como a radiação em exames médicos é utilizada, quais são os principais tipos e seus possíveis riscos.
Radiação: o que é e quais são seus tipos
Antes de discutir a radiação médica especificamente, é importante compreender o conceito em geral.
É possível afirmar que radiação é a energia ou partícula que é emitida por uma fonte. Essa energia ou partícula viaja pelo espaço com determinada velocidade, carregando uma carga elétrica e magnética e tem o poder de penetrar nos materiais. Ela pode surgir de maneira natural ou por meio de ferramentas desenvolvidas por seres humanos.
São exemplos de radiações em forma eletromagnética:
- Ondas de rádio;
- Micro-ondas;
- Luz;
- Laser;
- Radiação gama;
- Raio X.
Enquanto as radiações em forma de partículas (com massa, carga elétrica e carga magnética) são:
- Alfa (núcleos do átomo de hélio, contendo 2 prótons e 2 nêutrons);
- Beta (elétrons livres);
- Feixes de prótons e elétrons.
A radiação pode ser classificada em dois tipos de acordo com a quantidade de energia que carregam:
- Não-ionizantes: de baixa energia. Estão muito presentes no nosso dia-a-dia, como por exemplo as ondas de rádio, TV, micro-ondas;
- Ionizantes: de alta energia e, portanto, com a capacidade de retirar elétrons de um átomo (tornando-o “ionizado”). No caso das energias eletromagnéticas, consideram-se ionizantes aquelas com frequência maior ou igual à energia ultravioleta. Por isso, ondas infravermelho, micro-ondas e ondas de rádio não causam mal à nossa saúde. As partículas alfa e beta também podem ser ionizantes se carregarem um determinado nível de energia consigo.
Devido a acidentes graves como a exposição ao Césio 137, em Goiânia e o desastre de Chernobyl, as fontes de radiação são temidas por grande parte das pessoas.
Esses acidentes liberaram uma descontrolada quantidade de elementos radioativos, resultando em extensa exposição e, consequentemente, afetando a saúde da população local.
No entanto, a contribuição da radiação em exames para o diagnosticar e tratar de doenças é inquestionável.
O segredo está em controlar o tipo de radiação, bem como o tempo e a intensidade da exposição.
Benefícios da radiação em exames médicos
O emprego das tecnologias que utilizam a radiação ionizante (como o raio-X, a mamografia, a tomografia computadorizada, e os radiofármacos da medicina nuclear) permitiram uma verdadeira revolução na medicina. Tanto no momento do diagnóstico, quanto no hora do tratamento.
Hoje, é possível capturar imagens internas do corpo do paciente com um exame simples e indolor, da mesma forma que você faria com uma foto.
A partir daí, os profissionais médicos podem estabelecer os diagnósticos com mais precisão e, com isso, definir o tratamento mais adequado.
Em alguns casos, a radiação pode inclusive ser parte do tratamento, seja utilizando a tomografia computadorizada e a mamografia para guiar procedimentos, seja por exemplo através da injeção de radiofármacos diretamente em um tumor.
Abaixo, listamos os usos mais comuns da radiação em exames.
Raios X
O raio X, um dos exames mais comuns, baratos e rápidos. Servem, por exemplo, para avaliação dos ossos do corpo, detectar alterações pulmonares, ou para a realização de exames contrastados.
Tomografia computadorizada
O exame de tomografia talvez seja um dos mais populares. Por combinar as imagens de diversos raios X, oferece maior detalhamento das estruturas. É muito utilizado para detectar tumores, por exemplo.
Mamografia
A mamografia também é um exame de raios X de baixa dose usado para diagnosticar principalmente cânceres de mama.
Densitometria óssea
A densitometria óssea é uma ótima ferramenta para uma variedade de propósitos. Em geral, ele é utilizado para diagnosticar e acompanhar a progressão de doenças como osteoporose e osteopenia. Também pode ser utilizado para avaliar a composição corporal (músculo, gordura e massa magra) para práticas desportivas.
Malefícios da radiação
Em termos de riscos, é fundamental assegurar que a exposição à radiação em exames não seja longa e que o paciente esteja fazendo os seus exames com equipamentos modernos, que normalmente emitem menos radiação.
Para minimizar seus efeitos colaterais, a chave está na avaliação do risco-benefício do procedimento, aliado ao correto planejamento das atividades a serem desenvolvidas e à utilização de instalações e de práticas corretas. Assim, é possível diminuir a magnitude das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de exposições acidentais.
Outro importante fator é a utilização dos equipamentos de proteção (EPC e EPI) que devem ser utilizados por todos os trabalhadores.
Praticamente nenhum efeito colateral grave surge quando há baixa exposição.
Já quando ocorre uma exposição aguda e em maiores doses de radiação, como nos casos das tragédias nucleares, o paciente pode apresentar uma síndrome clínica com os seguintes sintomas:
- Náuseas;
- Vômitos e diarreias;
- Dores de cabeça;
- Febre;
- Queimaduras no corpo;
- Alteração na produção de células do sangue;
Outro ponto de atenção é que a radiação tem efeito cumulativo.
Isso significa que ela pode causar alterações no DNA, aumentado o risco de doenças como câncer.
Daí a importância de evitar exposições desnecessárias ou prolongadas.
Afinal, exames e tratamentos com radiação causam câncer?
Qualquer exposição à radiação traz um risco para a saúde, ainda que mínimo. Por essa razão é preciso levar em conta os riscos e benefícios, evitando exposições desnecessárias e exames sem necessidade.
Além disso, tempo, distância e blindagem são os três fatores cruciais nessa equação.
Seguindo esses princípios, podemos considerar o uso da radiação em exames segura e como uma grande aliada.
E, sendo assim, podemos dizer que fazer exames para diagnosticar e/ou tratar quaisquer condições existentes não causam o aparecimento de tumores no corpo.
Perguntas frequentes
Qual radiação é utilizada durante o exame?
Durante exames de imagem, são utilizadas radiações ionizantes, como raios X e raios gama, para obter imagens detalhadas do interior do corpo humano.
Os exames que geralmente envolvem maior exposição à radiação ionizante incluem tomografias computadorizadas (TC), fluoroscopias e radiografias, devido à necessidade de produzir imagens claras dos tecidos internos.
Exames que utilizam radiação ionizante incluem radiografias convencionais, tomografias computadorizadas (TC), angiografias, fluoroscopias e cintilografias, entre outros, pois esses procedimentos envolvem a emissão de partículas ou raios que podem ionizar átomos e produzir imagens radiográficas.
O tipo de radiação mais comumente utilizado na medicina é a radiação ionizante, especialmente os raios X, devido à sua capacidade de penetrar nos tecidos do corpo humano e produzir imagens detalhadas dos ossos e órgãos internos, permitindo diagnósticos médicos precisos.Qual radiação é utilizada durante o exame?
Quais os exames que tem mais radiação?
Quais exames têm radiação ionizante?
Qual é o tipo de radiação mais utilizada na medicina?