Laudo médico é um documento oficial de avaliações e exames médicos cuja principal função é a comunicação de condições de saúde e de necessidades a essas relacionadas. Sua relevância e necessidade no âmbito legal e previdenciário responde por um número significativo das consultas médicas.

O preenchimento incompleto ou incorreto desses documentos é motivo de atraso no seguimento clínico, na obtenção de benefícios previdenciários ou ainda de retardo na condução de processos legais.

Especialistas das mais diversas áreas médicas emitem laudos, devendo ter sempre em mente todos os processos e requisitos do correto preenchimento desses documentos, a fim de se evitar qualquer prejuízo aos seus pacientes.

 

O que é e para que é usado o laudo médico?

O laudo médico é um documento formal onde o médico relata, em meios técnicos, o resultado de sua avaliação, exames ou ainda um resumo clínico sobre a condição do paciente.

Além do papel de interlocução entre especialistas que cuidam do caso do mesmo paciente, os laudos médicos são muito mais conhecidos por sua importância na medicina do trabalho na conceção ao paciente de benefícios previdenciários, como a aposentadoria por invalidez e o auxílio-doença e na avaliação de acidentes relacionados ao trabalho.

Respostas formais a um questionamento sobre o estado de saúde e doença de um indivíduo também também são elaboradas por meio desses relatórios.

Seja na avaliação da saúde ocupacional de uma pessoa ao informar aptidão para exercer uma determinada atividade profissional, no âmbito legal (laudos periciais) para atestar delitos, ferimentos ou sanidade mental em situações criminais.

Ou, ainda como atestando condições psiquiátricas que requeiram cuidados especiais, como no caso de necessidade de apoio emocional de animais de estimação em viagens aéreas.

 

Qual a diferença entre laudo médico e atestado médico?

Atestados médicos são documentos bastante requisitados nas clínicas e hospitais e seu uso é um tanto distinto dos laudos.

O atestado médico cumpre um papel mais simples com relatos mais resumidos que esclareçam, sobretudo, o motivo e necessidade de afastamento de atividades laborais dos pacientes por curtos períodos de tempo.

O laudo médico é um documento formal onde o médico relata, em meios técnicos, o resultado de sua avaliação, exames ou ainda um resumo clínico sobre a condição do paciente.

O padrão de preenchimento também é único, devendo conter informações necessárias para que empresas e órgãos públicos reconheçam o documento.

 

Quem pode fazer a emissão de um laudo médico?

médico preparando um laudo médico

recomendações do Conselho Federal de Medicina (CFM) para a emissão de documentos médicos que devem ser cumpridas nas emissões destes.

Determina por exemplo, que quando indicado, tais pareceres contenham a descrição da técnica utilizada, uma parte expositiva e outra conclusiva.

O CFM determina ainda, na sua resolução n.º 2235, de 15 agosto de 2019, a não obrigatoriedade de que o mesmo médico que realizou o exame emita seu laudo, exceção feita a exames de ultrassonografia, endoscópicos e procedimentos intervencionistas nos quais o mesmo médico que realizou o exame deve sempre emitir seu parecer.

 

Qual a importância dos laudos médicos periciais e judiciais?

Há vários motivos pelo qual um profissional especialista fará a emissão de um laudo.

Uma dessas razões é quando há um pedido legal de avaliação de paciente com importância na condução de uma ação judicial.

Isso acontece, por exemplo, para comprovar a existência de uma doença ou da gravidade dos ferimentos, como no exame de corpo de delito.

O laudo pericial tem uso mais comum na área de saúde ocupacional, na avaliação de nexo causal com o trabalho de doenças ou lesões, inépcia ou invalidez física ou mental.

Também, relação das doenças ou acidentes e o exercício das funções laborais, sequelas temporárias ou permanentes relacionadas e o desempenho de atividades laborais, seu risco entre si e terceiros.

 

Laudo médico com CID

CID é uma sigla usada para a Classificação Internacional de Doenças feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Se esta sigla aparecer no laudo médico, ela virá junto de uma numeração, referente a classe do problema de saúde (confira aqui a Tabela CID).

Sua inclusão nos atestados de saúde e laudos médicos já foram motivo de muita controvérsia.

Segundo o Parecer Consulta n.º 161.037/2012, recomenda-se que, excetuados os motivos de justa causa (risco de dano ao paciente ou a terceiros) e os de obrigação legal (como as doenças de notificação compulsória), o médico mantenha o sigilo quanto ao conhecimento de agravos à saúde do seu paciente.

Está previsto, entretanto, conforme Resolução n.º 1658, de 19 de dezembro de 2002, que caso solicitado pelo paciente ou por seu representante legal, o médico poderá incluir o diagnóstico codificado ou não em atestado e laudos.

 

O que deve conter em um laudo?

laudos radiologicos

Para entender-se o conteúdo necessário em um laudo médico, devemos compreendê-lo como uma ferramenta de comunicação dentro de um contexto.

Esse contexto e as informações que devem ser respondidas ditam o conteúdo expositivo do relatório.

Algumas informações entretanto são comuns e compõem a parte estruturada do relatório como o nome completo do paciente, sem abreviações, segundo as boas práticas médicas, informações adicionais como idade e data de nascimento.

Os laudos devem ainda conter identificação do médico relator, número do seu registro no respectivo conselho regional de medicina e sua assinatura, seja ela manual ou eletrônica.

 

Como é feito um laudo digital?

Ao atuar com laudos digitais, o estabelecimento de saúde opta por sistemas estruturados para facilitar e agilizar o fluxo interno e a entrega de resultados aos pacientes.

A adoção dessas tecnologias permite a criação de um padrão dentro das necessidades de processos em cada clínica e hospital com a obtenção de um modelo único para cada local.

Alguns benefícios da adoção de sistemas de laudos digitais são:

  • os modelos são personalizáveis transmitindo qualidade e confiança para os pacientes;
  • a legibilidade é garantida e a organização pode ser estruturada em cada serviço com modelos mais convenientes às necessidades locais;
  • os dados tornam-se mais acessíveis para organização de bancos e análise de dados, com maior organização dos sistemas de back-up e de prontuário;
  • otimização e maior agilidade do trabalho dos profissionais de saúde envolvidos;

A agilidade na troca de informações é algo útil tanto em exames ambulatoriais nos quais os prazos acordados devem ser cumpridos quanto nos exames de urgência no qual a conduta médica muitas vezes depende de resultados de exames e dos relatórios/laudos com a opinião médica do profissional responsável.

Iniciativas tecnológicas que garantam a agilidade e otimização de tais processos terminam por resultar em maior benefício aos pacientes.

Sistemas digitais permitem, por fim, maior segurança dos dados dos envolvidos com possibilidade de recuperação, emissão de segundas vias e outras facilidades.

 

Como melhorar a qualidade de um laudo?

A busca pela qualidade e produtividade em Centros de Diagnóstico tem se tornado um assunto habitual.

As novas tecnologias têm revolucionado a Radiologia – especialmente os laudos médicos, através da modernização de equipamentos e digitalização de exames.

Contudo, é possível melhorar cada vez mais a qualidade dos laudos médicos e a comunicação entre os profissionais da área da saúde.

Abaixo, falamos sobre ações que vão desde a equipe até a segurança dos laudos médicos para obter a sua melhor qualidade.

 

1. Escolha uma equipe médica qualificada para a emissão dos laudos médicos

Com a evolução da medicina, a radiologia abriu novos leques.

Portanto, para estar preparado, um Centro de Diagnóstico por Imagem deve confiar em uma equipe médica qualificada.

Com algumas empresas de telerradiologia, por exemplo, um gestor pode ter acesso a melhor equipe do mercado, composta por radiologistas experientes e altamente especializados nas diversas subáreas da radiologia.

Igualmente, a telerradiologia pode ser utilizada para segunda opinião em exames complexos ou mesmo como resguardo em caso de ausências de um radiologistas presenciais.

 

2. Prepare-se para exames urgentes

Com a tecnologia da telerradiologia para a transmissão de dados e armazenamento em nuvem através de plataformas digitais, as imagens dos exames são transmitidas de maneira rápida e segura.

Além disso, o acesso dos médicos é facilitado e realizado em tempo real – a partir do momento que o exame é enviado para a empresa de telerradiologia o mesmo já é carregado na workstation do médico radiologista.

Dessa maneira, os laudos médicos podem ser enviados e recebidos de forma ágil e segura.

 

3. Tenha uma infraestrutura robusta

A atenção quanto aos aparelhos não pode ficar para trás.

Verifique se seus equipamentos estejam aptos a gerar imagens de exames em formato DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine).

É um formato padrão na área médica, com ampla utilização no mercado.

É recomendável a utilização de sistemas informatizados como PACS e RIS para organização do fluxo de trabalho e armazenamento de dados dentro do Centro de Diagnóstico.

 

4. Nunca dispense a segurança dos laudos médicos e a privacidade com dados do paciente

Mesmo que não diretamente, é impossível falar de qualidade sem falar de segurança.

Com a proteção ao acesso de dados médicos, um Centro de Diagnóstico pode evitar acessos e vazamentos de dados indevidos.

O paciente tem sua privacidade protegida e a instituição responsável pela guarda dos dados evita problemas jurídicos, financeiros e de reputação.

Um gestor que mantém atenção às políticas e ferramentas para uma proteção de dados eficaz, está se resguardando e valorizando seus clientes.

 

Perguntas frequentes

Para que serve o laudo médico?

Laudo médico é um documento oficial de avaliações e exames médicos cuja principal função é a comunicação de condições de saúde e de necessidades a essas relacionadas. Sua relevância e necessidade no âmbito legal e previdenciário responde por um número significativo das consultas médicas.

O que deve conter em um laudo?

Algumas informações são comuns e compõem a parte estruturada do relatório como o nome completo do paciente (sem abreviações), informações adicionais como idade e data de nascimento. Os laudos devem ainda conter identificação do médico relator, número do seu registro no respectivo conselho regional de medicina e sua assinatura, seja ela manual ou eletrônica.