Histórico Familiar: o que é e quais doenças são associadas?
A história médica familiar pode fornecer informações valiosas sobre o risco de uma pessoa desenvolver certas condições de saúde.
Este artigo explora a importância do histórico familiar na medicina, discutindo algumas doenças que podem estar relacionadas, bem como as limitações e considerações éticas e legais associadas ao uso do histórico familiar na prática médica.
Também abordaremos sobre as ferramentas disponíveis para a coleta de informações precisas e completas de histórico familiar.
Com a compreensão adequada do histórico familiar, os profissionais de saúde podem adaptar o tratamento e medidas preventivas de acordo com as necessidades de cada paciente, proporcionando melhores resultados de saúde a longo prazo.
O que é histórico familiar?
O histórico familiar é um registro das doenças e condições médicas que afetaram membros da família do paciente, incluindo seus pais, irmãos, avós, tios, entre outros.
É uma importante ferramenta que ajuda os profissionais de saúde a entender melhor a saúde de um paciente, pois podem identificar padrões genéticos e hereditários que podem aumentar o risco do paciente em desenvolver certas condições médicas.
Por que é importante saber o histórico familiar de um paciente na prática médica?
Saber o histórico familiar pode ser crucial para a saúde de um paciente, porque muitas condições médicas podem ter um forte componente genético.
Isto é, ao saber que há uma predisposição genética para uma determinada doença, os profissionais de saúde podem realizar aconselhamento genético, realizar exames preventivos precocemente e com uma maior frequência, o que pode ajudar a identificar a doença em estágios iniciais e aumentar as chances de um tratamento bem sucedido.
Como coletar informações sobre o histórico familiar?
A coleta de informações pode ser realizada por meio da conversa direta com membros da família, fazendo perguntas sobre doenças e condições médicas que os afetam.
É indicado que algumas dessas perguntas sejam específicas sobre determinadas condições, como informações sobre doenças crônicas, bem como condições hereditárias.
Os profissionais de saúde também devem perguntar sobre a idade em que cada membro da família teve o diagnóstico com uma condição médica e se algum parente faleceu prematuramente de uma doença.
Também é importante perguntar sobre os hábitos de vida da família, incluindo dieta, exercício e tabagismo.
Para que a coleta seja organizada e eficiente pode ser utilizada ferramentas de mapeamento de histórico familiar, como árvores genealógicas e questionários de saúde.
Quais doenças podem estar associadas ao antecedente familiar?
Alguns exemplos de doenças que podem estar relacionadas a um componente hereditário incluem:
- cânceres, como mama, ovário e colorretal;
- doenças cardiovasculares;
- doenças respiratórias, como a asma, autoimunes;
- diabetes;
- neurológicas, como a doença de Alzheimer.
Para cada uma dessas condições, existem testes e exames específicos que podem ser realizados para ajudar a identificar a presença ou risco de desenvolvimento da doença.
Por exemplo, um histórico familiar de câncer de mama pode indicar a necessidade de mamografias regulares precoces para detectar possíveis tumores.
Limitações do histórico familiar
Embora o histórico familiar seja uma ferramenta valiosa para a identificação precoce e prevenção de doenças, ela também tem suas limitações.
Nem todas as doenças apresentam um forte componente genético, e algumas condições podem ser influenciadas por fatores ambientais e de estilo de vida.
Além disso, o histórico familiar pode não ser totalmente preciso ou completo, pois muitos pacientes podem não ter o conhecimento do histórico médico dos seus parentes.
Por fim, ter o antecedente familiar de uma determinada doença não é determinante de que o paciente irá desenvolvê-la.
Considerações éticas e legais do histórico familiar
Existem considerações éticas e legais que devem ser levadas em consideração ao utilizar dessa informação.
O paciente deve ser informado sobre o uso do seu histórico familiar na prática médica e dar seu consentimento para que essa informação possa ser utilizada, além disso é uma informação confidencial e deve ser protegida de acordo com as leis de privacidade.
Os profissionais de saúde não devem usar as informações do histórico familiar para discriminar o paciente e devem apresentar respeito em relação à diversidade cultural, não fazendo suposições com base na etnia, religião ou outra característica do paciente.