O sucesso do tratamento começa com um diagnóstico acurado, que precisa levar em conta a história clínica, os antecedentes pessoais e exames complementares para determinar o tipo de problema que o aflige.

O objetivo do diagnóstico é identificar a doença que está acometendo o paciente e em alguns casos, os exames complementares poderão trazer informações adicionais cruciais para esclarecer dúvidas e estreitar as possibilidades diagnósticas.

Continue lendo este conteúdo para entender mais sobre o assunto e como é realizado!

 

O que é o diagnóstico?

O processo de diagnóstico pode ser visto como uma forma de classificar a saúde de um paciente em diferentes etiologias e condições que permitem aos profissionais médicos tomarem decisões sobre prognóstico e tratamento.

Ele pode ser feito por uma variedade de profissionais de saúde, não apenas por um médico, como também por um fisioterapeuta, fisioterapeuta pélvico, dentista, psiquiatra, psicólogo ou nutricionista.

 

Qual a importância de um diagnóstico preciso?

medico escrevendo diagnostico

Quando um diagnóstico é preciso e realizado em tempo hábil, o paciente tem a melhor oportunidade para um resultado positivo na sua saúde porque a decisão clínica será adaptada para uma compreensão correta dos problemas de saúde do paciente.

Além disso, as decisões de políticas públicas são influenciadas pela epidemiologia dos diagnósticos e tratamentos realizados, como decisões de alocação de recursos, programas de rastreamento de doenças e prioridades de pesquisa.

Para sua realização, a combinação da história do paciente e um exame clínico realizado pelo profissional podem ser suficientes, no entanto, muitas vezes, investigações laboratoriais ou procedimentos de diagnóstico por imagem são necessários para confirmar um diagnóstico clinicamente suspeito ou para obter informações mais precisas.

Dessa forma, percebemos a importância de um diagnóstico preciso e que não é tão simples o processo para alcançá-lo e que existem uma série de etapas sobre os quais você aprenderá mais nos parágrafos logo abaixo.

 

As etapas do processo diagnóstico

Os processos se dividem em quatro etapas:

  1. História clínica: a história clínica de um paciente inclui documentação da preocupação atual, história médica anterior, história familiar, história social e outras informações relevantes, como medicamentos atuais e suplementos dietéticos.
  2. Exames físicos: esta etapa é objetiva, o que consiste na observação do comportamento, postura e análise física de todo o corpo e não apenas daquelas suspeitas de estarem envolvidas na queixa atual do paciente. Um exame físico cuidadoso pode ajudar o clínico a refinar as próximas etapas do processo e evitar testes desnecessários.
  3. Exames laboratoriais: existem diversos tipos de exames que podem ser solicitados para a análise de substâncias e identificação de microrganismos encontrados nos fluidos corporais, como urina, sangue, suor, entre outros.
  4. Exames de imagem: esta etapa desempenha um papel crítico no estabelecimento de diagnósticos para inúmeras condições e é usada rotineiramente em quase todos os ramos da saúde. O avanço das tecnologias de imagem melhorou a capacidade de detecção, diagnóstico e tratamento das condições, além de evitar procedimentos mais invasivos nos pacientes.

A escolha apropriada da modalidade de imagem (tomografia computadorizada, ressonância magnética, radiografia, ultrassom, entre outros) depende da doença, do órgão acometido e questões clínicas específicas a serem abordadas.

É preciso seguir todas as etapas acima para garantir que o paciente receba o melhor tratamento.

Em geral, a história clínica e o exame físico auxiliam a formular hipóteses diagnósticas, mas que podem necessitar de investigações adicionais por meio de exames laboratoriais ou de imagem para reduzir os diagnósticos diferenciais e assim refinar a suspeita clínica.

 

Como é feito o diagnóstico na prática?

 paciente realizando exame clinico

Essa é uma tarefa muito mais difícil do que parece à primeira vista.

Pois, é um procedimento que se inicia com a identificação da queixa do paciente, avaliação dos sinais e sintomas, identificação dos achados no exame físico e escolha dos melhores exames complementares para a suspeita de potenciais diagnósticos diferenciais.

 

1. Extrair a Ideia Central

O conceito principal da doença do paciente deve ser extraído pelo médico após toda a anamnese e exame físico.

Decidindo quais sintomas listados são os mais preocupantes e precisam de sua atenção primeiramente naquele momento.

 

2. Listar as principais causas

Em seguida, é realizada a lista inicial das hipóteses diagnósticas como explicação dos sintomas do paciente.

Essa etapa é crucial para identificar as principais hipóteses e não deixar o diagnóstico passar.

Sendo assim, é necessário ter cuidado para evitar prosseguir para a próxima etapa sem ter listado corretamente as principais causas que podem estar envolvidas.

 

3. Relacionar hipóteses e dados clínicos

Agora é a hora de considerar quais das possibilidades listadas são mais prováveis considerando os achados na anamnese, exame clínico e epidemiológico.

Isso significa que, este é o momento para um raciocínio clínico eficaz.

Ao longo do processo, há uma avaliação contínua para saber se informações suficientes foram coletadas.

Dessa forma, caso haja suspeita de que as informações coletadas não foram satisfatórias para explicar o problema de saúde do paciente ou que as informações disponíveis não são consistentes com um diagnóstico, então o processo de coleta de informações, integração, interpretação e desenvolvimento de um diagnóstico é novamente realizado.

 

4. Testar hipóteses com exames

Por fim, chegou a hora de testar as hipóteses diagnósticas.

Esta etapa concentra-se em exames da medicina laboratorial, patologia e de imagem, fornecendo mais informações sobre o paciente e sua situação.

Em muitos casos, os testes diagnósticos também podem identificar uma condição antes que ela seja clinicamente aparente; por exemplo, a doença arterial coronariana pode ser identificada por um estudo de imagem que indique a presença de estenose nesta artéria mesmo na ausência de sintomas.

À medida que o processo prossegue, uma ampla lista de potenciais diagnósticos é reduzida a menos opções, um processo conhecido como modificação e refinamento do diagnóstico e assim chegar a uma conclusão e estabelecer o melhor tratamento para o paciente.

 

Perguntas frequentes

Qual é o conceito de diagnóstico?

O processo de diagnóstico pode ser visto como uma forma de classificar a saúde de um paciente em diferentes etiologias e condições que permitem aos profissionais médicos tomarem decisões sobre prognóstico e tratamento.

Como é feito um diagnóstico?

Os processos de diagnóstico se dividem em quatro etapas: história clínica, exames físicos, exames laboratoriais e exames de imagem.