A prescrição médica é crucial tanto quanto fazer uma boa consulta, que respeita cada etapa do processo, desde a escuta de anamnese até a solicitação de exames.
É crucial poder orientar o paciente sobre o que ele deve fazer em casa após o atendimento.
Continue lendo este conteúdo para entender mais sobre o tema!
O que é prescrição médica?
A prescrição médica é um documento que inclui instruções essenciais para o uso de medicamentos que é dado ao paciente em uma consulta e é parte integrante da rotina de cuidados de saúde.
Ela é uma coleção de informações que um médico fornece a um paciente sobre as recomendações de tratamento.
A importância da prescrição médica
A prescrição deve ser de fácil compreensão para que o tratamento decorra bem.
Se o paciente e o profissional de saúde tiverem uma boa relação, o paciente se sentirá mais motivado a continuar o tratamento.
Vale lembrar que a assertividade e a clareza do documento são o que vai garantir o sucesso do paciente em seu tratamento.
É dever do médico orientar o paciente sobre o uso correto da medicação, a fim de evitar complicações e erros de uso.
Esta é uma etapa importante crucial na relação entre o médico e o paciente.
O que é preciso para fazer uma prescrição médica?
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), estas são as etapas para garantir o sucesso das prescrições médicas:
- Fazer a identificação do problema do paciente;
- Estabelecer qual é o objetivo terapêutico;
- Nivelar o tratamento das características de cada paciente (custos, eficiência, praticidade, segurança, etc.);
- Assegurar que a prescrição legível, de forma clara e com todas as instruções essenciais para que o paciente possa entender;
- Inserir as orientações de uso, quais são os efeitos colaterais prováveis e avisos;
- Acompanhar o envolvimento do paciente em seu tratamento e os resultados.
O que deve conter em uma prescrição médica?
Uma prescrição médica deve conter no mínimo seis campos importantes, conforme o Manual de Diretrizes Básicas de Prescrição Médica do CFM (Conselho Federal de Medicina).
Confira mais sobre esses campos logo abaixo:
1. Cabeçalho
As informações do médico ou da instituição de trabalho do médico estão contidas nessa seção, tais como:
- Nome;
- Endereço do local de trabalho;
- Seu CRM e RQE, se for especialista.
2. Superinscrição
Os dados básicos do paciente, incluindo o nome completo e endereço, devem estar logo abaixo do cabeçalho.
Informações como a idade, peso e altura podem ser incluídos se forem relevantes para o tratamento.
Outro registro adicional opcional corresponde aos avisos “uso interno” (via enteral ou parenteral) ou “uso externo” .
3. Inscrição
O nome do fármaco, a forma farmacêutica e a sua concetração. Como por exemplo:
- Xarope;
- Gotas;
- Comprimidos;
- Cápsulas;
- Spray;
- Creme;
- Etc.
4. Subinscrição
Detalhes sobre a quantidade total que deve ser dada ao paciente para evitar comportamentos prejudiciais como a automedicação.
Se forem prescritos medicamentos de uso controlado, as instruções devem ser escritas em algarismos arábicos, em extenso e entre parênteses.
5. Adscrição
É um espaço aberto para orientações complementares específicas ao paciente.
Por exemplo, intervalos de dosagem de medicamentos e tempos de tratamento devem ser consumidos em jejum ou após as refeições.
6. Data, assinatura e número de inscrição no CRM
Ou, conforme a situação, o conselho de Odontologia ou Medicina Veterinária.
Carimbo na prescrição é obrigatório?
Segundo a ANVISA e o CFM, o carimbo não é exigido, contanto que o profissional de saúde que prescreve o medicamento insira seu nome completo e número de CRM de forma manual e legível.
Assim, só o que é necessário para que o documento possa valer é a assinatura. Somente o recebimento do talonário para prescrições de psicotrópico exige o carimbo.
Quais são os tipos de receita médica?
Deve-se tomar uma abordagem racional ao escrever uma prescrição médica.
Isso significa que, ao receitar medicamentos para os pacientes, é preciso levar em conta certos critérios, como eficácia, segurança, aplicabilidade e custo.
Além disso, é importante compreender os diversos tipos de prescrições médicas, que são:
- Receituário Simples: usado para medicamentos anódinos e aqueles com tarja vermelha.
- Receituário de Controle Especial: usa-se o receituário de controle especial ao prescrever de tarja vermelha em que há necessidade de retenção de uma via da receita. Eles abrangem substâncias sujeitas a controle especial, retinoicas de uso tópico, imunossupressoras e antirretrovirais, antidepressivos, entre outros. etc.
- Receita Azul ou Receita B: usa-se na prescrição de substância psicotrópica, em um receituário padronizado e impresso.
- Receita Amarela ou Receita A: usado para medicações que estão listados em “A1”, “A2” (entorpecentes) e “A3” (psicotrópicos) na segunda edição do Manual de Orientações Básicas para Prescrição Médica
Principais erros de prescrição médica
Entre os erros mais frequentes nas prescrições médicas, são:
- Letra ilegível. Conforme afirma o código de ética médico: é vedado ao médico: Art. 11. Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível;
- Rasuras;
- Não colocar o prazo de validade;
- Não especificar a dose;
Perguntas frequentes
Existem 4 tipos, que são: receituário simples, receituário de controle especial, receita Azul ou receita B e receita amarela ou receita A.
Uma prescrição médica deve conter no mínimo seis campos importantes, que são: cabeçalho, superinscrição, inscrição, subinscrição, adscrição e data, assinatura e número de inscrição no RM.Quais são os tipos de prescrição médica?
Quais os dados essenciais de uma prescrição?