Controle de qualidade em equipamentos para diagnóstico por imagem
Quando o assunto é diagnóstico por imagem, uma das questões pertinentes é o controle de qualidade dos equipamentos. Quanto é possível confiar nos aparelhos onde se realizam os exames?
Pequenas alterações no processo de aquisição das imagens podem gerar gigantescas divergências no resultado. Isto é, problemas de regulagem e manutenção de equipamentos (ressonância magnética, tomógrafo, raio-x) podem gerar exames com imagens não fidedignas ao paciente. Isso pode levar o médico radiologista a diagnosticar alguma doença que o paciente não apresenta (o chamado “falso-positivo”). Em outros casos, pode haver falsos-negativos, em que não se diagnostica alguma alteração ou doença que precise ser tratada.
Portanto, é de extrema importância estabelecer um controle de qualidade, a parametrização e a manutenção dos equipamentos utilizados em centros de diagnóstico por imagem.
A importância do controle de qualidade em equipamentos de raio-X
Em aparelhos que utilizam radiação para aquisição de imagens, ignorar o seu controle de qualidade pode ter consequências ainda piores. Nesse caso, a falta de manutenção pode colocar a integridade física do paciente em risco.
Para manter o bom funcionamento desses aparelhos, a calibração periódica do feixe de raios-X é de extrema importância. Isso ainda assegura que tudo esteja de acordo com as normas regulamentadas na lei.
Caso o feixe esteja com pouca homogeneidade, serão obtidas imagens de péssima qualidade. Por outro lado, se o feixe estiver demasiadamente homogêneo, as imagens resultantes podem não ser adequadas, pois “informações” importantes podem não ser demonstradas. Aqui, o objetivo será sempre utilizar o feixe ótimo.
Os equipamentos de raio-X apresentam, ainda, uma dificuldade a mais. É importante prestar atenção às “chapas” que serão utilizadas para a exposição. As lâminas usadas no raio-X são muito delicadas, uma vez que qualquer toque abrasivo sobre sua superfície pode danificá-las irreversivelmente. Vale ressaltar que o processo de sua requer máquinas apropriadas (e com manutenção em dia) para evitar distorções nas imagens finais.
A importância do controle de qualidade em equipamentos sem o uso de radiação
A ressonância magnética é um método bastante utilizado, que gera imagens a partir de alinhamentos e desalinhamentos sequenciais dos spins dos prótons de hidrogênio que compõe os diferentes órgãos e tecidos do corpo humano. Como cada tecido e órgão apresenta uma densidade diferente de moléculas de água (e prótons de hidrogênio), eles apresentarão comportamentos magnéticos diferentes, permitindo gerar imagens com contraste suficiente para serem diferenciados entre si.
Em linhas gerais, quando um campo magnético é aplicado em um próton ou elétron, ele altera seu spin natural. E quando o campo é removido, o próton ou elétron retorna ao spin original, liberando energia neste processo. Essa liberação de energia é captada pelo equipamento e, depois de passar por um processamento matemático, é convertida em imagens.
Para o seu controle de qualidade, as máquinas de ressonância devem passar por calibrações periódicas. O intuito é manter seu campo magnético o mais homogêneo possível.
Ou seja, caso o campo de uma máquina de ressonância não seja homogêneo, haverá alteração no sinal captado pela máquina. Isso pode, por exemplo, gerar imagens distorcidas que, por vezes, impossibilitam a realização de diagnósticos.
Conclusão
Identificar a necessidade de calibração ou manutenção do equipamento é se atentar às imagens que estão sendo geradas. Se as imagens estiverem com baixa qualidade, pode ser um indício de que algo está errado. Por isso, é importante verificar, por exemplo, distorções, artefatos, baixa relação sinal-ruído, baixa nitidez.
Entretanto, é importante destacar que não é necessário esperar que os equipamentos gerem imagens de baixa qualidade para providenciar a manutenção corretiva. Ao invés disso, manutenções preventivas periódicas são extremamente importantes para manter os aparelhos dos centros de imagem funcionando adequadamente.
Outros fatores como contar com uma boa equipe de médicos radiologistas, a aplicação de questionários pré-exames aos pacientes, e a utilização de protocolos de exames específicos para cada hipótese diagnóstica também impactam na precisão diagnostica. Falamos um pouco mais sobre o assunto no artigo: Precisão Diagnóstica, estabelecendo um controle de qualidade. Veja também como a telerradiologia pode ajudar o seu centro de diagnóstico por imagem com laudos de especialistas.
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